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Corretores querem a banca fora da venda de seguros

Portugal deve aproveitar a transposição da nova diretiva da distribuição de seguros (DDS) para corrigir os problemas no setor, considera a APROSE

Portugal deve aproveitar a transposição da nova diretiva da distribuição de seguros (DDS) para corrigir os problemas no setor, considera o presidente da APROSE – Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros. David Pereira garante que, se a oportunidade for bem aproveitada, problemas como o que aconteceu recentemente com a Açoreana, que deixou clientes sem seguro de vida no crédito à habitação, não voltarão a acontecer.

“Este momento é o crucial para pôr as coisas no devido sítio”, afirmou em entrevista ao Dinheiro Vivo o presidente da associação que representa os corretores independentes, que são cerca de 5000. No total, são mais 20 000 os mediadores de seguros em Portugal. “Há que decidir se vamos ou não defender o consumidor. Se vamos seguir as regras da diretiva, apenas os profissionais podem vender seguros”, adiantou. Para a APROSE, “a banca e o angariador de seguros vendem o que a companhia quer vender, independência”.

Para a APROSE, a nova figura de vendedor de seguros a título acessório não deve existir. Antes, devem ser os vendedores profissionais a assegurar a venda de seguros, seja no caso de viagens, seguro automóvel ou de vida. “A atividade bancária entra num terreno pantanoso quando vende seguros”, afirmou. E dá o exemplo do caso da Açoreana. “Se se tivesse separado estes interesses corporativos destas entidades, não se passava o problema. Se estivesse em mãos profissionais, isto não acontecia.”

Tanto a APROSE como a Associação Portuguesa de Seguradores antecipa que Portugal se vai atrasar na transposição da diretiva. O Comité de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu acolheu com agrado a proposta de adiamento da aplicação da DDS para 1 de outubro deste ano. “Mesmo havendo adiamento, é urgente fazer avançar já o processo legislativo, que é ainda um processo demorado, de modo a que as empresas de seguros possam, atempadamente, ajustar os seus processos internos e os seus modelos de negócio às novas regras que decorrem da diretiva e das opções que o legislador nacional venha a fazer”, disse fonte oficial da APS.

fonte:Dinheiro Vivo 27/01/2018

 

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